Com uma história sobre uma jovem, a única ouvinte em uma família surda, que sonha em virar cantora, “No ritmo do coração” conquistou pessoas no mundo inteiro e ganhou também suas outras duas indicações ao Oscar.
Apesar do tema ser uma história sobre surdos e do elenco ser composto por atores surdos, ‘No ritmo do coração’ ganhou prêmios pela qualidade do filme, e não por um apelo social que carrega mesmo sem querer.
O filme se sobressai ao drama adolescente entre sonhos e lições de vida. É, sobretudo, uma obra sobre a surdez, os desafios dos surdos e como é preciso falar sobre isso, desmistificando preconceitos e ressaltando a importância da acessibilidade.
Sobre o filme
Ruby Rossi é a única ouvinte da família, que trabalha com pesca e tem uma vida financeira meio atribulada. A garota tem de acordar todo dia às 3h para subir no barco e servir de intérprete de língua de sinais. Só depois está liberada para ir à aula. E o canto surge na vida dela por mero acaso. Ela quer impressionar um menino da mesma idade que faz aula de coral e acaba se matriculando na disciplina.
Deficiência auditiva nas telas
Filmes envolvendo personagens com deficiência não são novidades quando falamos de indicações ao Oscar: “Rain Man”, “O Piano” e o recente “O Som do Metal” são alguns exemplos. Porém, o maior trunfo de “No Ritmo do Coração” é contratar atores surdos para os papéis.
Cerca de metade do filme é falado na Língua Americana de Sinais, com possibilidade de legenda no streaming. Marlee Matlin, que interpreta a mãe de Ruby, é a única atriz surda a ganhar o Oscar de Melhor Atriz (pelo filme “Filhos do Silêncio”, de 1986), enquanto Troy Kotsur conquistou sua primeira estatueta esse ano.
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Referências