Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 460 milhões de pessoas sofrem alguma incapacidade auditiva no mundo e, até 2050, este número será próximo a 1 bilhão – ou seja, 1 em cada 10 pessoas. Além disso, a surdez foi considerada a primeira deficiência com mais impacto no índice de qualidade de vida da população, mais do que deficiência visual, de locomoção e outras 345 doenças. Isso levou a OMS a colocá-la como uma de suas cinco prioridades para este século.
Uma das ações para atender a essa prioridade foi a criação da a Lancet Commission for Global Hearing Loss (Comissão Global Lancet para Perda Auditiva), em parceria com a Lancet, importante revista científica. A linha de pesquisa dessa comissão é voltada para a prevenção e o tratamento, com o desenvolvimento de ações práticas que serão sugeridas aos países filiados à OMS.
De acordo com os fonoaudilogistas, nós escutamos pelo cérebro, sendo o ouvido um órgão periférico que transforma a energia mecânica, proveniente da vibração do som, em energia elétrica, que será interpretada pelo cérebro. Desta forma, um tratamento muito tardio pode não ser bem-sucedido, pois o cérebro perde a capacidade de interpretação quando fica muito tempo sem receber estímulo.
O implante coclear consiste em um ímã e um eletrodo inserido dentro da cóclea (parte interna do ouvido), ambos ficam invisíveis após a cirurgia. Na parte externa, para captar os sons e enviar para a parte interna, o paciente deve utilizar um processador de som, conectado à parte interna através de um ímã. No ímã externo pode haver um processador de som auricular ou extra auricular, composto por antena e o processador de fala. Após conectado, o aparelho capta os sons e transfere-os diretamente para o nervo auditivo, de forma que o paciente comece a ouvir.
No Brasil, cerca de 10 milhões de habitantes apresentam perda auditiva, o que torna o País um mercado atrativo para o mercado de implantes cocleares (saiba mais abaixo). A Cochlear é líder global nesta modalidade de implantes auditivos e, desde que foi criada, em 1981, já produziu cerca de 550 mil dispositivos, fazendo com que milhares de pessoas ouçam e sejam ouvidas. Somente no Brasil a empresa já realizou mais de 7 mil implantes. Vale lembrar que esse benefício também pode serofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A empresa Starkey do Brasil, sediada em Campinas, desenvolveu um novo aparelho que utiliza de sensores integrados e da inteligência artificial para otimizar a experiência auditiva.
O Livio AI tem a capacidade de detectar quedas e funciona da seguinte forma: