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O BRASIL ESTÁ SURDO?

Publicado por Sons da Vida em 29 de outubro de 2019

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem 500 milhões de surdos no mundo e, até 2050, haverá pelo menos 1 bilhão de surdos em todo o globo. De acordo com um estudo feito pelo Instituto Locomotiva em conjunto com a Semana da Acessibilidade Surda, no Brasil existem 10,7 milhões de deficientes auditivos, dos quais 2,3 milhões têm deficiência severa. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 5 de setembro passado, com 1.500 brasileiros surdos e ouvintes. O estudo ainda apontou que:

  • A surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres e pessoas de todas as idades, com predominância da faixa de 60 anos de idade ou mais (57%).
  • 9% dos deficientes auditivos nasceram com a deficiência e 91% adquiriram ao longo da vida, sendo que metade foi antes dos 50 anos.
  • Entre os que apresentam deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos. Do total pesquisado, 87% não usam aparelhos auditivos.

A justificativa pode ser que, além dos maus hábitos – como o uso irregular do fone de ouvido – o Brasil está passando por um processo de envelhecimento da população. Hoje já temos 59 milhões de brasileiros com mais de 50 anos e, em 2050, vamos chegar com mais de 98 milhões de brasileiros com mais de 50 anos de idade. Essa é uma tendência que só vai crescer.

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR DEFICIENTES AUDITIVOS

  • 2 em cada 3 brasileiros relataram enfrentar dificuldades nas atividades do cotidiano.
  • A falta de acolhimento e inclusão limitam o acesso dos surdos às oportunidades básicas, como educação: somente 7% possuem o ensino superior completo; 15% frequentaram até o ensino médio, 46% até o fundamental e 32% não possuem grau de instrução.
  • 20% dos deficientes auditivos idosos não conseguem sair sozinhos, só 37% estão no mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos “porque é muito caro e inacessível para a maioria dessa população”.

O PERIGO PARA OS JOVENS E ADOLESCENTES

Um colégio particular da cidade de São Paulo realizou exames auditivos em 170 adolescentes na faixa etária de 11 a 17 anos. Na ocasião, solicitou-se que fosse respondido um questionário sobre a percepção do zumbido nos ouvidos nos últimos 12 meses e, caso a resposta fosse positiva, com qual intensidade, duração e frequência. O resultado mostrou que:

  • Mais da metade dos adolescentes (54,7%) respondeu que tinha sentido zumbido nos ouvidos no período.
  • 28,8% dos adolescentes ouviram zumbido nos ouvidos dentro da cabine acústica em níveis comparados aos de adultos.

PERDA AUDITIVA POR FONE DE OUVIDO

A perda auditiva por fone de ouvido ocorre devagar, por isso, nem sempre as pessoas a percebem, exceto quando já está comprometendo o entendimento das conversas.

O primeiro sinal de que algo não está bem geralmente é esse zumbido, percebido nos momentos de silêncio, ou incômodo com os sons do dia a dia que não incomodam as outras pessoas.

Nesse momento, o ideal seria procurar um otorrinolaringologista para avaliar a saúde auditiva, com exame de audição para ver se há alguma perda (audiometria), zumbido (acufenometria) ou sensibilidade a sons (limiar de desconforto a sons).

Vale ressaltar que, uma vez que as células auditivas morrem por excesso de ruído, elas não se regeneram mais. Por isso, a prevenção é a única saída efetiva!

GENTE COMO A GENTE

Há pouco tempo, o ator Pedro Neschling, filho da também atriz Lucélia Santos, fez uma postagem no Instagram (@pedroneschling) em que contou ser deficiente auditivo. Dentre as informações compartilhadas com os seus seguidores, Pedro disse que praticamente não ouve sons agudos e que a sua vida melhorou consideravelmente desde que ele passou a usar o aparelho auditivo. Confira o depoimento na íntegra:

“Pouca gente sabe mas eu sou deficiente auditivo. O famoso surdo. “Ah, Pedro, como assim? Mas você não ouve?”. Sim, apesar da minha grave perda em algumas frequências – eu praticamente não escuto agudos – tenho a capacidade de ouvir um tanto. E assim ao longo da vida eu me recusava a encarar a verdade: que eu precisava usar aparelho auditivo. Não por preconceito, porque juro que nunca vi qualquer problema nisso. Mas tampouco entendia que isso pudesse ser normal, como usar óculos é. Depois de décadas sofrendo as consequências sociais de não escutar normalmente, comecei a usar aparelho há 4 anos. E já não sei como levei minha vida antes disso. Você que escuta normalmente não faz ideia da dificuldade que é ser surdo sem auxílio. Sobretudo porque se trata de uma deficiência “invisível”, difícil de fazer quem não sofre entender. Outro dia postei uma foto em que meu aparelho aparecia e me colocaram em contato com a @cronicasdasurdez. E então conheci a linda campanha #surdosqueouvem que ela encabeça. Fiquei muito emocionado! Somos 30 milhões de surdos no Brasil. Isso mesmo, 14% da população. Precisamos falar mais sobre isso e tornar natural a compreensão da surdez. Informar sobre a reabilitação auditiva, fundamental pra quem tem essa deficiência. Se você é surdo que ouve ou conhece alguém que é, me conta aqui. Marca seu amigo. Deem uma olha na hashtag. Vamos espalhar amor e inclusão.”

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