Os bebês começam a ouvir quando ainda estão na barriga das mamães! Na 13ª semana de gestação, o feto percebe os sons pela vibração na pele. Por volta da 17ª semana, consegue ouvir um pouco do que se passa dentro e fora do corpo da mãe. Na 20ª semana, consegue distinguir a voz materna.
Os bebês nascem com a audição pronta, porém leva algum tempo para o sistema neurológico amadurecer.
Nada mais errado do que imaginar o útero como um templo silencioso. Ruídos não faltam ali, colocando o feto em contato com uma verdadeira orquestra.
– O músculo cardíaco produz a pulsação rítmica, principalmente por uma artéria que passa por traz do útero, e sons da circulação sanguínea periférica ao útero.
– Os órgãos ocos (estômago e intestinos principalmente) produzem inúmeros sons, alguns audíveis até aqui fora do corpo.
– Os movimentos peristálticos e os sons da digestão.
– As articulações do esqueleto.
– Os passos da mãe-gestante.
Experiências não faltam para provar isso. Diferentes estudos já constataram que, quando sons estridentes são produzidos perto da barriga da mãe ou ela fala em voz alta, os batimentos cardíacos do feto aumentam.
Acredita-se que essa reação seja sinal de que o cérebro captou o som e liberou neurotransmissores em resposta.
Não são só químicos os estímulos intra-uterinos que podem influir na personalidade de quem vai nascer. A partir do quarto mês, já há vários sentidos desenvolvidos, inclusive a audição.
Nos últimos anos, surgiram experiências com hidrofones (microfones que funcionam em meios líquidos). A conclusão foi de que as conversas de fora podem, sim, ser ouvidas, mas atenuadas pela gordura e pelos tecidos da mãe, mas atenuadas pela gordura e pelos tecidos da mãe – um grito lá fora soa como um lamento em voz baixa. Os resultados apontaram outra novidade: vozes graves, como a masculina, chegam mais fortes que sons agudos, como a voz feminina.
A voz da mãe chega com relativa clareza até os ouvidos do filho, por isso o bebê geralmente se acalma facilmente quando escuta a voz da mãe.
Um estudo realizado pelo Instituto Sueco de Medicina do Trabalho Karolinska Institutet revelou que crianças geradas por mães que trabalham em ambientes com ruídos em excesso têm 80% a mais de chance de ter problemas de audição.
A recomendação é que grávidas devem evitar níveis de ruídos acima de 80 decibéis, para preservar a saúde auditiva do bebê.
De acordo com o Ministério da Saúde em cada grupo de 10 mil recém-nascidos, 30 apresentam problemas de surdez. Infecções virais são as causas mais comuns. Por isso, é muito importante uma boa orientação no pré-natal e o teste da orelhinha.
Para oferecer uma qualidade de vida ao bebê, é importante evitar ruídos em excesso durante a gestação e conversar de forma carinhosa com o feto, para que ele se sinta protegido pelas vozes dos pais ao nascer.
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