Decibéis cotidianos
Estamos tão acostumados ao barulho do dia-a-dia que nem reparamos nos danos que os decibéis do nosso cotidiano fazem aos nossos ouvidos. Para se ter uma ideia, mais de 170 mil brasileiros possuem alguma deficiência auditiva. E não precisam de muitos decibéis para começarem os prejuízos à nossa saúde e, sobretudo, à nossa audição.
Segundo a OMS, o limite saudável para nossa audição são 50 decibéis, algo como uma rua vazia. Entre 55 e 66 decibéis, semelhante a uma agência bancária, o corpo já fica alerta, diminuindo o poder de concentração. Entre 65 e 70, como em um restaurante ou bar lotado, o corpo tenta se adequar ao ambiente, tornando-se mais vulnerável. Isso porque ele libera cortisona no sangue, diminuindo a resistência imunológica, além de elevar o nível de colesterol. Com essa altura, o corpo libera endorfina no sangue, causando dependência. Por isso, é muito comum vermos pessoas que não conseguem dormir sem o barulho da TV ou do rádio.
Acima de 70, o equivalente a uma praça de alimentação de um shopping, os riscos de enfarte e infecções aumentam, além da sujeição do organismo ao estresse degenerativo e abalo da saúde mental. Volumes ainda mais altos, como os 130 decibéis alcançados, por exemplo, por um trio elétrico, podem induzir a perda auditiva temporária ou definitiva. Veja abaixo algumas coisas de nosso cotidiano e qual o nível de ruído eles alcançam:
- Torneira gotejando: 20 dB
- Geladeira: 30 dB
- Voz humana normal: 60 dB
- Escritório: 60 dB
- Trânsito: 80 dB
- Obras com britadeiras: 120 dB
- Bronca: 80 dB
- Liquidificador: 85 dB
- Feira livre: 90 dB
- Secador de cabelos: 95 dB
- Latidos: 95 dB
- Discotecas: 130 dB
- Aparelhos de som portáteis no volume máximo: até 115 dB (o Ipod chega à 114 dB)
- Trio elétrico: 130 dB
- Disparo de arma de fogo: 140 dB
- Turbina de avião: 130 dB
- Britadeira: 120 dB
- Violino: 100 dB
