De acordo com o Censo de Educação Básica, divulgado pelo Inep (instituto ligado ao Ministério da Educação), entre 2011 e 2016 houve redução de 23% de estudantes surdos no país. Um dos motivos pode ser a fuga da escola, por conta de bullying e falta de apoio no aprendizado.
Além de brincadeiras de mal gosto, muitas escolas não levam a LBI (Lei Brasileira de Inclusão) muito à sério. Algumas não aceitam crianças em função da deficiência auditiva e alguns coordenadores obrigam estudantes plenamente reabilitados com aparelhos auditivos a aprender Libras.
Lei Brasileira de Inclusão
A Lei Brasileira de Inclusão (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência), que entrou em vigor em 2016, tem um valor especial. Ela é a adaptação da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU à legislação brasileira e trata da acessibilidade e da inclusão em diferentes aspectos da sociedade.
O capítulo da LBI sobre Educação fala muito sobre o que deve ser feito para atingir esse objetivo, como é o caso do Art. 28-V: “A adoção de medidas individuais e coletivas que proporcionem o desenvolvimento acadêmico e a socialização dos alunos com deficiência. Isso facilita a integração e, consequentemente, o aprendizado.”
Tratar a deficiência auditiva é o primeiro passo
Quanto mais cedo, melhor. Bebês que não têm tratamento, por exemplo, mesmo que apresentem perda auditiva leve ou moderada, têm mais dificuldades para aprender a falar e, mais tarde, terão dificuldades no desempenho escolar. A perda auditiva não tratada pode ocasionar timidez, isolamento e problemas de aprendizado e de relacionamento, o que estimula, muitas vezes, o bullying, agravando ainda mais a situação.
A família e a escola têm papéis importantes
Fazer comentários positivos para fortalecer a autoestima da criança, não esconder ou disfarçar os aparelhos auditivos dos pequenos, tratar o deficiente auditivo como os outros coleguinhas e ter uma convivência sadia e inclusiva com todos os amigos, familiares e professores são passos importantes para não desmotivar os estudantes.
Além disso, professores e gestores escolares também devem ficar atentos a qualquer sinal de discriminação contra crianças deficientes auditivas na escola, a fim de agirem logo, tomando medidas que evitem consequências mais graves.
Atenção pais: sempre que notar qualquer dificuldade em ouvir nas crianças, agende uma consulta para diagnosticar o problema.
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