Já imaginou ficar incomodado com o som de alguém digitando no teclado, mascando chiclete e assoando o nariz? O que para alguns pode parecer algo banal, para outros são sons perturbadores e que causam reações emocionais negativas, como raiva, ódio e irritação. Para se ter uma ideia, a pessoa pode não se incomodar com o barulho do liquidificador do seu lado, mas irrita-se com os latidos distantes de um cachorro, por exemplo.
A misofonia, ou Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons, é a aversão a sons bem específicos, de volume baixo e repetitivos. Segundo uma pesquisa da University of British Columbia, no Canadá, esse problema afeta 3% de toda a população mundial.
Os sintomas começam na infância ou na adolescência, podendo estabilizar ou piorar com o passar dos anos. Mas, como, muitas vezes os pais não entendem que se trata de uma doença, esses jovens são considerados antissociais, chatos e ranzinzas.
Um lado interessante da misofonia é que ela faz parte da “quadrilha do ouvido”, ou seja, ela raramente aparece sozinha. Conheça os seus acompanhantes:
O tratamento da misofonia pode incluir treinamento auditivo e psicoterapia, através da terapia cognitiva-condicional. Esse método ajuda a pessoa a aceitar a misofonia e a conviver com a síndrome, de maneira que a sua qualidade de vida e a sua interação com os outros não sejam prejudicadas.