Com aumento da expectativa de vida e o avanço da medicina, o sexo entre idosos é cada vez mais natural, mas ainda enfrenta tabus. Isso acontece porque muitos pensam na melhor idade como um momento de fragilidade e tranquilidade. Mas a verdade é que a sexualidade e o amor fazem parte da vida, desde o nascimento até a morte.
A atual geração de idosos é diferente de todas aquelas que a precederam e o conceito de idoso está em mutação constante. Hoje, as pessoas com mais de 60 anos têm mais saúde, são mais ativas, mais independentes e encaram essa fase da vida com mais otimismo. Estudos indicam que os idosos que se mantêm sexualmente ativos têm menos problemas físicos e mentais. O sexo na terceira idade reafirma a identidade e a autoestima, o que ajuda a diminuir a tendência para o desenvolvimento de problemas típicos da idade, como o isolamento ou a depressão. Além disso, auxilia no sistema imunológico, reduz a concentração de gordura corporal e aumenta a produção de endorfinas, substâncias naturais que combatem a ansiedade, o estresse e seus efeitos negativos sobre o corpo.
Muita coisa muda no corpo do homem e da mulher depois dos 60 anos. Em muitos casos o que acontece é a diminuição da libido que, devido à queda de hormônios como a testosterona nos homens e estrógeno nas mulheres, podem ocasionar a falta de desejo sexual. E, especificamente, os homens podem sofrer de problemas relacionados à dificuldade de ereção, a chamada disfunção erétil. No entanto, a medicina já conta com medicamentos que tornam possível e desejável ter uma vida sexual ativa e saudável após essa idade, como o Viagra e outros repositores hormonais femininos e masculinos.
Em situações como essas, o importante é superar a barreira da vergonha e procurar a ajuda de profissionais. Recursos alternativos, como a automedicação, não são recomendados. Além disso, o beijo, as carícias e muitas outras formas de afeto e intimidade também fazem parte da sexualidade. Na terceira idade, o prazer deixa de estar tão centrado na área genital e passa a incluir todo o corpo.
Com o aumento da qualidade de vida e sexual, a incidência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na terceira idade passou a ser um problema de saúde pública no Brasil. Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, cerca de 5% da população acima de 65 anos é portadora do vírus HIV, o que representa um aumento de, aproximadamente, 103% na última década.
Lembre-se de que a camisinha não é apenas um método contraceptivo, mas a melhor forma de prevenção contra essas doenças.