Os deficientes auditivos estão cada vez mais presentes no esporte e existe um comitê próprio para eles. O Comitê Internacional de Desportos de Surdos, ICSD, organiza de quatro em quatro anos, tanto os Jogos Surdolímpicos (um ano após as Olimpíadas) quanto os Jogos Surdolímpicos de Inverno (um ano antes das Olimpíadas).
Por que os atletas surdos não participam das Paralimpíadas?
Muito antes de existir uma competição internacional com diversas modalidades esportivas para pessoas com deficiência, já existiam as competições internacionais para surdos. O ICP só foi fundado em 1960, ou seja, 36 anos após a fundação do ICSD.
Surdos não se consideram pessoas com deficiência, em particular na capacidade física. Pelo contrário, eles se consideram parte de uma minoria linguística e cultural. Em esportes de equipe e alguns individuais, a perda auditiva pode trazer algumas dificuldades ao surdoatleta ao competir com ouvintes. No entanto, isso desaparece nas competições de surdos, nos quais esportes e as suas regras são idênticas às de atletas sem deficiência.
Quem pode participar das Surdolimpíadas?
Entre os atletas permitidos a competir nos Jogos de Surdos não há classificações ou restrições, exceto a exigência de que tenha perda auditiva de pelo menos 55 decibéis no melhor ouvido.
As Surdolimpíadas
As Surdolimpíadas contam com 22 modalidades esportivas na sua versão de verão. Ao todo, são esperados cerca de 6 mil atletas durante a realização dos jogos. O Comitê Internacional de Desportos de Surdos conta com 116 países vinculados; cerca de cem deles devem encaminhar delegações para as Surdolimpíadas.
História do Brasil na Surdolímpiadas
A primeira vez que o Brasil, através da CBDS – Confederação Brasileira de Desportos de Surdos, enviou representantes para a Surdolimpíada foi em 1993, realizada em Sofia (Bulgária). Na ocasião, dois nadadores disputaram 11 provas e chegaram próximo do pódio, com três quarto lugares. Desde então, a natação brasileira é a modalidade mais presente no evento, tendo ficado de fora apenas da edição de 2005, em Melbourne (Austrália).
Em 2009, em Taipei (Taiwan), houve a maior participação da Delegação Brasileira em relação a todas as edições anteriores, onde contou com 13 surdo-atletas e 6 dirigentes. Com isso, saiu a primeira e única medalha da história, porém, no judô, com o bronze de Alexandre Soares Fernandes (de blusa azul na foto abaixo), na categoria até 81 quilos.
Surdolímpiadas em Caxias do Sul
Evento multiesportivo internacional vai reunir milhares de atletas em Caxias do Sul no próximo ano e o investimento deve ultrapassar R$ 10 milhões. A Surdolímpiadas será realizada em diversos lugares da cidade:
Universidade de Caxias do Sul;
SESI;
Ginásio da Marcopolo;
Martcenter;
Caxias Golf Clube;
Ginásio do Recreio da Juventude;
Estádios Centenário e Alfredo Jaconi;
Outros locais em cidades da região como Gramado, Bento Gonçalves, Porto Alegre.