Hoje, 6 de junho, é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. O objetivo da data é chamar a atenção dos pais, responsáveis e profissionais de saúde sobre a importância desse exame para a identificação de doenças ainda em fase neonatal.
Muitas vezes, as doenças identificadas por meio do Teste do Pezinho são assintomáticas nessa fase e dificilmente seriam identificadas rapidamente sem o exame. Se não forem tratadas cedo, elas podem levar à deficiência intelectual e causar sérios prejuízos para a qualidade de vida da criança.
COMO É FEITO O TESTE DO PEZINHO
- O ideal é que o teste do pezinho seja realizado entre o 3º e o 5º dia de vida.
- É coletada uma amostra de sangue a partir do calcanhar do bebê com a retirada de algumas gotinhas de sangue para análise.
- O exame é feito nessa região por ser uma área bastante irrigada no corpo humano, facilitando a realização do exame.
ONDE FAZER O TESTE DO PEZINHO
Hoje em dia, o Teste do Pezinho Básico é obrigatório por lei em todo o território nacional. Alguns municípios, inclusive, não permitem que a criança seja registrada em cartório se não tiver feito o exame.
Diversas maternidades já fazem o Teste do Pezinho antes mesmo da alta hospitalar. Caso contrário, o exame poderá ser feito no posto de saúde mais próximo da sua residência.
Alguns hospitais disponibilizam versões mais completas do Teste do Pezinho, que podem rastrear até 50 doenças.
CONHEÇA AS DOENÇAS TRIADAS POR MEIO DO TESTE DO PEZINHO
- Fenilcetonúria: é um defeito metabólico que leva ao acúmulo do aminoácido Fenilalanina (FAL) no sangue. Sem o diagnóstico e o tratamento precoces, essa doença pode causar atraso no desenvolvimento, deficiência mental, comportamento agitado, padrão autista e convulsões.
- Hipotireoidismo congênito: incapacidade da glândula tireoide do recém-nascido em produzir quantidades adequadas de hormônios, que resulta numa redução generalizada dos processos metabólicos. Pode comprometer seriamente o crescimento e desenvolvimento mental.
- Doença falciforme e outras hemoglobinopatias: afeta o paciente com diversas alterações, dentre elas anemia hemolítica, crises de dor, insuficiência renal progressiva, AVC e maior probabilidade de infecções.
- Fibrose cística: afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco.
- Hiperplasia adrenal congênita: engloba um conjunto de síndromes transmitidas geneticamente, que se caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais.
- Deficiência de biotinidase: manifesta-se com distúrbios neurológicos e cutâneos tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematóide. Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se, distúrbios visuais, auditivos, atraso no desenvolvimento motor e de linguagem.
TESTE DO PEZINHO E SURDEZ CONGÊNITA
A surdez congênita é outra doença que pode ser identificada por meio do Teste do Pezinho. Esse é um problema auditivo que a criança adquire durante a gestação. A aquisição da surdez pelo bebê pode se dar por medicamentos tomados pela gestante, doenças adquiridas durante a gestação, como sífilis e toxoplasmose, ou por causa hereditária.
A constatação da surdez pode ser feita a qualquer tempo, mas quanto mais precoce for a descoberta melhor será o desenvolvimento da criança.
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