De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas (5% da população) tem deficiência auditiva incapacitante, sendo 432 milhões de adultos e 34 milhões de crianças. Além disso, estima-se que, até 2050, mais de 900 milhões de indivíduos (um em cada dez habitantes do planeta) terão perda auditiva. Por esses motivos, as tecnologias que buscam evitar a perda auditiva ou tornar melhor a vida daqueles que já possuem o problema não param de evoluir. Conheça algumas dessas alternativas!
De acordo com a Oticon, você ouve com seu cérebro, não com seus ouvidos. Isso significa que as orelhas recebem os sons, mas é no cérebro que eles são processados para fazer sentido. Desta forma, a boa audição não é simplesmente uma questão de fazer sons suficientemente altos, mas ajudar seu cérebro a entender os sons que você ouve. Então, quando faltam sons (por problemas auditivos, por exemplo), o cérebro tenta preencher a lacuna – um processo frequentemente difícil e exaustivo.
Para ajudar o cérebro com essa tarefa, os aparelhos auditivos da Oticon contam com a tecnologia BrainHearing. A filosofia básica de BrainHearing é apoiar o seu cérebro, dando-lhe as condições necessárias para criar significado a partir do som em vez de sobrecarregá-lo, aumentando o volume. Isso reduz a tensão no cérebro, deixando você menos cansado. Ele também torna o som mais, nítido, natural e agradável, ao invés de simplesmente mais alto. A tecnologia garante:
Os aparelhos auditivos da Oticon – Oticon OPN – também contam com um aplicativo que permite ao usuário controlar o equipamento a partir do seu smartphone e interagir com outros dispositivos e serviços conectados à internet, melhorando a sua comunicação com o mundo. Dentre os seus benefícios estão:
A OMS lançou, neste ano, o hearWHO, um aplicativo gratuito que permite ao usuário – principalmente quem ouve música num volume alto ou quem trabalha em locais barulhentos – checar se está ouvindo bem ou não.
O hearWHO é baseado na tecnologia digits-in-noise (dígitos no barulho, em tradução livre) e funciona da seguinte forma: enquanto ouve algo no tablet ou smatphone, o app pede aos usuários que se concentrem, ouçam e digitem uma série de três números, quando solicitados. Esses números foram gravados sobre níveis variados de som de fundo, simulando condições de escuta na vida cotidiana. Depois, o aplicativo exibe a pontuação do usuário, explica o que ela significa e armazena o resultado do teste para que a pessoa monitore o status da sua audição ao longo do tempo.
A startup brasileira Signa desenvolveu uma plataforma online de educação e capacitação, para pessoas surdas, em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e com legendas. Quase todo o conteúdo é feito pela comunidade surda, por pessoas formadas, que sabem muito bem Libras e têm muita experiência em alguma área específica. Além disso, a Signa produziu um material ensinando tudo sobre como fazer cursos online, para que pessoas surdas produzam seu próprio curso e tenham a possibilidade de colocar seu conteúdo dentro da plataforma.
Esse projeto, que é inédito no mundo, garantiu à Signa um lugar dentre os 30 finalistas do Prêmio Next Billion Edtech, que será realizado em 23 e 24 de abril, em Dubai, durante o Global Education & Skill Forum.
O Google trouxe dois novos recursos para telefones Android destinados à oferecem às pessoas surdas ou com deficiência auditiva maior independência em suas interações cotidianas. O Live Transcribe transforma conversas em legendas em tempo real, usando o microfone do telefone, e está disponível em mais de 70 idiomas e dialetos. Já o Sound Amplifier ajuda a filtrar, aumentar e amplificar sons no ambiente em torno do usuário, aumentando sons silenciosos sem aumentar os sons altos.
Em um post do seu blog, o Google mostra como os aplicativos podem ser usados para destacar o trabalho de Dimitri Kanevsky, pesquisador da empresa que trabalha com reconhecimento de voz e tecnologia de comunicações há 30 anos – e que é surdo desde a infância. Dimitri ainda mostra que a deficiência auditiva não foi impedimento para que ele se destacasse em uma das maiores empresas do mundo.