De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,1 bilhão da população mundial, entre 12 e 35 anos, tem chances de apresentar perda de audição nos próximos anos. E o problema não para por aí: a perda auditiva pode causar outros sintomas que comprometem significativamente a qualidade de vida. Dentre eles estão:
- Tristeza.
- Ansiedade.
- Estresse.
- Baixa autoestima.
- Pouco convívio social.
- Depressão.
- Dificuldades de aprendizado.
- Problemas profissionais.
CONSEQUÊNCIAS DA PERDA AUDITIVA POR FAIXA ETÁRIA
- Nos idosos: a falta de audição pode impedir a capacidade de desempenhar plenamente seu papel na sociedade. Pode ocorrer isolamento social, depressão, declínio cognitivo, falha na memória, aumento da incidência de quedas e até hospitalizações. Trata-se de um dos mais incapacitantes distúrbios de comunicação humana.
- Nas crianças: a audição está diretamente ligada à fala. Se a criança não formula as primeiras frases até os dois anos de idade, esse atraso pode ter origem em problemas auditivos. O mesmo ocorre durante a alfabetização, já que o aprendizado nessa fase se baseia muito na oralidade, ou seja, em como falamos os sons. Por isso a importância de uma avaliação audiológica.
PALADAR X PERDA AUDITIVA
O paladar e a audição são dois sentidos completamente interligados. Qualquer alteração no funcionamento de um influencia o funcionamento do outro, interferindo no sabor dos alimentos ingeridos.
Quando uma pessoa tem dores de ouvido, por exemplo, é sinal de que o canal auditivo está inchado e pressionando a região da corda do tímpano. É por isso que, muitas vezes, durante gripes e infecções na garganta, as pessoas podem ter o seu paladar alterado momentaneamente.
PERDA AUDITIVA X DEMÊNCIA
Apesar de não terem estabelecido um fator de causa e efeito, estudos apontam que, cada vez mais, os déficits de visão e audição não corrigidos podem acelerar o declínio cognitivo – como memória, orientação e planejamento –, ou seja, a capacidade do cérebro de realizar tarefas complexas e desenvolver várias atividades ao mesmo tempo.
Um desses estudos foi realizado pelo Centro Johns Hopkins de Envelhecimento e Saúde (EUA), com 1.984 adultos mais velhos, e apontou que aqueles que inicialmente tinham perda auditiva tiveram uma probabilidade 24% maior de passar por declínio cognitivo do que aqueles com audição normal, dentro de seis anos. Outros resultados:
- Suas habilidades cognitivas declinaram até 40% mais rápido do que outros com audição normal.
- Eles tiveram mais problemas com funções cerebrais, como pensamento e memória. Esses problemas foram desenvolvidos, em média, três anos antes do que as pessoas de mesma idade com audição normal.
- Quanto mais severa a perda auditiva no início do estudo, maior a perda cognitiva ao longo do tempo.
- Isso não é necessariamente uma relação unidirecional. Ou seja, mesmo após ter a audição melhorada, por meio de aparelhos auditivos, por exemplo, os problemas cognitivos não serão melhorados.
PREVENÇÃO
- A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que as pessoas com idade entre 40 e 54 anos, sem sintomas ou sem fatores de risco, realizem um exame oftalmológico abrangente entre dois e quatro anos.
- Para aquelas com idade entre 55 e 64 anos, esse check-up deve ser realizado entre um e três anos.
- Depois dos 64 anos, recomenda-se fazer exames a cada um ou dois anos no máximo.
- A Associação Americana de Discurso-Língua-Audição recomenda testes de audição pelo menos a cada década até os 50 anos de idade e a cada três anos depois disso.
SINAIS DA PERDA AUDITIVA
- Você sempre pede aos outros para se repetirem?
- Tem amigos ou familiares que dizem que você não ouve bem?
- Deixa a TV ou o rádio em volume mais alto do que os outros?
- Tem dificuldade em entender conversas com ruídos ao fundo?
- Tem dificuldades em acompanhar conversas em grupo?
- Tem dificuldade em identificar de onde os sons estão vindo?
Se você respondeu sim a mais de três questões, você pode ter perda auditiva.
Vale ressaltar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar os impactos iniciais e avançados. Não é preciso esperar ficar surdo ou perder parte da audição para buscar ajuda. Ao menor sinal de perda auditiva ou incômodo nos ouvidos, procure um especialista!
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