A audição desempenha papel fundamental no desenvolvimento da linguagem e no desenvolvimento cognitivo da criança. Desde o nascimento, as crianças estão aprendendo com os sons significativos (fala) e com os sons do ambiente. Conforme elas crescem, aprendem a expandir seu vocabulário e aprendem novos conceitos. Dessa forma, a criança que adquirir uma perda auditiva poderá apresentar atraso no desenvolvimento da fala e nas habilidades cognitivas, principalmente quando esta perda ocorre na idade mais crítica: nos três primeiros anos de vida. Portanto, quanto mais precocemente a perda auditiva for diagnosticada e tratada, maiores serão as chances de sucesso no processo da habilitação/reabilitação auditiva e de linguagem da criança.
A perda auditiva na criança pode ser definida como o comprometimento da audição que reduz a capacidade da criança de ouvir e entender a fala, dificultando sua comunicação e afetando diretamente seu processo de desenvolvimento e aprendizagem.
A perda auditiva pode ser parcial ou total, temporária ou permanente, de uma orelha ou de ambas as orelhas. Mas, mesmo uma perda auditiva de grau leve e temporária, por exemplo, causada por algum tipo de infecção, pode afetar significativamente o desenvolvimento da criança.
Se a sua criança ou alguma criança conhecida apresentar um ou mais dos sinais listados abaixo, aconselhamos procurar o Otorrinolaringologista-Pediatra e/ou o Fonoaudiólogo:
OS PRINCIPAIS TIPOS DE PERDA AUDITIVA NA INFÂNCIA
A perda auditiva é classificada quanto ao seu grau (mínima, leve, moderada, severa e profunda) e também quanto ao local da lesão:
A perda auditiva não causa um tipo específico de problema de comunicação. Os efeitos da perda auditiva irão depender do seu grau, da sua configuração, duração e estabilidade.
A idade da criança na época em que a perda auditiva foi identificada e em que a intervenção foi realizada são fatores importantes no desenvolvimento da linguagem/cognitivo. Uma criança que adquire uma perda auditiva importante após adquirir a linguagem (3 ou 4 anos de idade) terá uma deficiência linguística não tanto prejudicada quanto da criança cuja perda auditiva está presente ao nascimento ou se que apareça nos primeiros meses de vida.
O principal prejuízo de uma deficiência auditiva é a perda da audibilidade para algumas ou todas as informações acústicas importantes da fala, mas além disso ela poderá acarretar:
O primeiro teste a ser realizado é o Teste da Orelhinha. Este é um exame rápido e indolor, feito logo após o nascimento, ainda na maternidade. Com ele é possível detectar, nos primeiros dias de vida, se o bebê possui algum problema auditivo e caso necessário encaminhá-lo para a realização dos exames complementares.
Uma vez diagnosticada a perda auditiva, o processo de habilitação/reabilitação deve ser iniciado imediatamente, para que o resultado final seja satisfatório. E, como plano de tratamento, existem a adaptação de aparelhos auditivos, implante coclear ou prótese auditiva ancorada no osso (a indicação dependerá da real necessidade da criança), concomitantemente à terapia fonoaudiológica.
É possível que você esteja preocupado em como lidar com essa nova situação e é uma reação perfeitamente compreensível. Porém, a melhor maneira é sempre pensar positivamente e procurar ajuda o quanto antes, pois quanto mais cedo for o tratamento, melhores serão os resultados.
No que diz respeito à intervenção fonoaudiológica, existem abordagens distintas para o tratamento, como: o trabalho focado para o aproveitamento auditivo (desenvolvimento da linguagem oral) e a aquisição da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). O importante é conhecer os diferentes tipos de abordagens, ouvir opiniões de diferentes pessoas e do Fonoaudiólogo, bem como conhecer as condições e limitações do desenvolvimento da criança, para optar pela melhor forma de intervenção.
Você poderá contar com auxílio de muitos profissionais. A lista a seguir abrange alguns dos profissionais dedicados a ajudar e apoiar não só a criança, mas toda a família:
Existem outros profissionais que, com certeza, estarão dispostos a ajudar. O mais importante é buscar esse apoio para que o processo de estimulação da criança seja iniciado o quanto antes.