AUDIÇÃO INFANTIL
A educação de crianças surdas é um grande desafio para a sociedade, mas também fundamental para o seu desenvolvimento. Ainda nos primeiros meses de vida, o início dessa caminhada deve ser conduzido pelos pais do bebê em questão. Eles devem aceitar o diagnóstico de surdez, se aproximar e brincar com o seu filho, independente de qualquer limitação, e acreditar que a criança vai se desenvolver e interagir com outras pessoas, principalmente com o auxílio das ferramentas certas – como a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Neste caso, a Libras deve ser aprendida não só pela criança, mas também por seus pais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), 3 a cada 200 crianças nascem surdas e quase 17% da população do país é deficiente auditiva. Esses dados deveriam ser suficientes para que o Governo investisse mais na educação inclusiva das escolas regulares, mas não é bem assim que acontece. Na maioria das vezes faltam:
Como é no exterior?
O país mais avançado na educação de crianças surdas são os Estados Unidos da América (EUA). O Americans with Disability Act (Lei para Americanos com Deficiências) garante que as crianças surdas sejam integradas e ensinadas em linguagem de sinais. Os EUA também abrigam a única universidade para surdos do mundo, a Gallaudet University.
Na Suíça e em outros países europeus a realidade ainda não é a mesma dos EUA, mas é fato que o país está se esforçando para fazer a sua parte. Uma das iniciativas foi integrar a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que afirma que as crianças surdas devem ter acesso a lições bilíngues – com linguagem de sinais e falada, se necessário. O desafio, agora, é introduzir a educação bilíngue nas escolas regulares, assim como acontece na Hans Asper, localizada em Wollishofen, um subúrbio de Zurique, e na SEK 3, uma escola secundária de necessidades especiais que está incorporada em um instituto regular.
Atenção às doenças auditivas
Recorrentes problemas de aprendizado, principalmente na alfabetização, leitura, e compreensão das crianças, bem como dificuldade de entender ordens, atraso na fala e troca de fonemas. Esses podem ser sintomas do Distúrbio do Processamento Auditivo (DPA). A doença chama atenção, porque pode interferir no desenvolvimento dos jovens e até no seu convívio com outras pessoas.
Dentre as principais causas do DPA estão:
Se você conhece alguma criança que apresenta algumas ou várias das características abaixo, fique atento. É possível que ela tenha DPA!
Para prevenir o DPA, é importante fazer os testes logo após o nascimento, acompanhar a evolução da audição, assim como evitar e tratar corretamente as infecções no ouvido. Mas, se a criança já apresentar os sinais descritos acima, é muito importante o diagnóstico da doença por um especialista para que o paciente tenha uma vida normal e agradável.