É amplamente divulgada a informação de que a exposição excessiva a certos ruídos é o principal fator de risco para a perda auditiva e a surdez. Entretanto, existem outras causas para esses problemas, como medicamentos e diversas doenças – principalmente em que tem predisposição genética. Dentre eles:
Medicamentos
Independente da causa, quanto antes for diagnosticada a perda auditiva, melhores são as chances e alternativas para um tratamento eficaz. Por isso é tão importante ficar atento aos sinais.
A surdez é classificada em quatro estágios: leve, moderada, severa e profunda. O que diferencia uma da outra é o quanto uma pessoa é capaz de ouvir e essa intensidade do som é medida por meio do decibel.
No Brasil, a prevalência da surdez total – chamada de anacusia –, em bebês, é de 4 em 100 mil nascidos vivos (apenas 0,4%). Já até os 31 meses, essa prevalência sobe para 9%. Entre 9 e 11 anos, esse número chega a cerca de 14%. Ou seja, vai aumentando junto com a idade.
Ainda na maternidade, todas as crianças são submetidas ao Teste da Orelhinha, gratuito e obrigatório por lei desde 2010. Esse exame é rápido e indolor, realizado durante o sono, com um aparelho colocado na orelhinha do recém-nascido. Se houver alguma alteração, o bebê é encaminhado o mais breve possível para acompanhamento com um otorrinolaringologista.
Dentre as principais causas da deficiência auditiva em crianças estão a adenoide dentro do ouvido e a Síndrome do Aqueduto do Vestibular Alargado (AVA), um defeito no osso do ouvido que progride conforme a criança vai sofrendo quedas. Para um melhor acompanhamento da saúde auditiva, o indicado é consultar um otorrinolaringologista uma vez por ano para realizar a audiometria. Vale lembrar que quem tem perda de audição e não faz o tratamento correto tem 30% a mais de chance de apresentar declínio cognitivo, de memória e de atenção.
Os fones de ouvido são considerados um dos grandes vilões da perda auditiva nos jovens e adultos. Isso acontece porque a exposição ao ruído alto por um longo período de tempo pode matar pequenas células auditivas responsáveis por transmitir sinais sonoros para o cérebro. Mas é preciso salientar que o problema não está no uso desse acessório, mas no seu uso incorreto. Ou seja, o problema é usar o tempo todo e em volume alto.
Além disso, alguns modelos de fone também oferecem menos riscos. Em ambientes silenciosos, o estilo do acessório não faz muita diferença. Mas, se o local for barulhento, a recomendação é usar dispositivos com cancelamento de ruído – função que reduz a quantidade de som externo que entra nos ouvidos, permitindo que você ouça a música em um volume moderado. Confira algumas dicas:
E atenção: os fones de ouvido podem te impedir de ouvir importantes sinais de alerta ao seu redor e isso pode colocar a sua vida em risco. Portanto, deixe-os de lado durante atividades que exijam maior atenção, como dirigir ou andar de bicicleta.